segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Queen pelo Queen

Algumas considerações que cada membro da banda achava de si mesmo, de alguns trabalhos e dos outros integrantes...

Brian Harold May, sobre Roger Meddows Taylor : Nós (Brian e Tim Staffell) o achamos o melhor baterista que já tínhamos visto. Eu o vi afinar uma esteira - coisa que nunca tinha visto antes - e lembro de ter pensado quão profissional ele parecia.

Freddie Mercury, sobre sua passagem pelo Ealing College of Art: A Escola de Artes ensina a gente a ter mais consciência da moda para estar sempre um passo à frente.

Brian May, sobre John Deacon : Nós sabíamos que ele era o cara, apesar de ser tão quieto. Ele quase nunca falava conosco.  

John Deacon, sobre os primeiros tempos de Queen : Possivelmente eu era a única pessoa no grupo que podia olhá-lo de fora, pois fui o quarto a integrar a banda. Eu sabia que havia algo na banda mas não me convenci totalmente até o disco Sheer Heart Attack.

   Freddie Mercury, sobre a decisão de seguir adiante com o grupo : Nós concordamos, vamos realmente entrar a fundo no rock e vamos fazer um bom trabalho, nada de meio-termo. Todos tínhamos carreiras em potencial e não estávamos preparados para aceitar segundos-lugares se íamos, de fato, abandonar todas nossas qualificações nas áreas respectivas.

Roger Taylor, sobre os primeiros anos de Queen : Nos primeiros dois anos, nada de extraordinário aconteceu. Estávamos todos estudando, e o progresso da banda era nulo. Porém, tínhamos grandes idéias e, de alguma forma, todos nós sentíamos que íamos estourar.

Brian May, sobre o início da carreira de Queen : Se íamos abandonar carreiras para quais tínhamos sido treinados duramente durante anos, tinha que ser para fazer um grande trabalho com a música. Todos tínhamos algo a perder e não foi nada fácil. Para ser franco, acho que nenhum de nós acreditava que levaria três anos até que chegássemos a algum lugar. Certamente não era nenhum conto de fadas.

Freddie Mercury : Anos atrás eu havia pensado no nome Queen ... É apenas um nome mas é régio obviamente e soa esplêndido ... é um nome forte, universal, imediato. Tinha uma potencial visual muito grande e estava aberto a todo tipo de interpretações. Eu, certamente estava consciente da conotação gay, mas isto era apenas uma faceta da coisa.

Brian May, sobre os shows da banda em 1972 : Nossa performance no palco era um show, muito mais roqueira do que o disco nesta época. Não dá para ir muito longe tocando para um público que não entende o que você faz, portanto optamos por um rock pesado para o lançamento. Algo que entusiasmasse as pessoas, que as fizesse ficar ligadas! Se você vai ao palco e as pessoas não entendem seu trabalho, pode ser muito chato. Você não pode apenas tocar suas músicas. Então, tocamos "I'm A Man" de Bo Diddley, "Jailhouse Rock" de Elvis Presley e "Shout Bama Lama" de Little Richard. Dê um belo show e não se esqueça de que a música é o que importa

Brian May, sobre Killer Queen: "Killer Queen" em 1974 foi o nosso marco. Foi a faixa que melhor resumiu nosso trabalho, e um grande sucesso, e nós precisávamos desesperadamente de algo exitoso. Estávamos totalmente falidos, tal qual qualquer outro grupo de rock de Londres. Freddie Mercury, também sobre Killer Queen : É sobre uma garota de programa da sociedade. Estou tentando dizer que gente da alta sociedade também pode ser vagabunda. Freddie Mercury, em 1975, sobre a ruptura com Jack Nelson (norte-americano que até então servia como um espécie de empresário para o grupo) : No que diz respeito ao Queen, nossa velha representação morreu. Deixou de existir em sua totalidade. Os deixamos de lado assim como deixamos excrementos. Nos sentimos tão aliviados!.

Brian May, sobre a primeira tour de Queen nos EUA, em 1975 : Eu lembro de Los Angeles na primeira vez, nós conseguimos encher um lugar pequeno um par de noites, e fui ver Led Zeppelin no Forum (tour do LP "Physical Graffiti"). E pensei: "Jesus Cristo, se chegássemos a tocar num lugar como esse, seria o máximo dos sonhos acontecendo!"

Freddie Mercury, sobre Bohemian Rhapsody : "Bohemian Rhapsody" não caiu do céu, pesquisei mas era obviamente uma gozação em cima de uma ópera. Por quê não? Certamente eu não estava dizendo que era uma fanático por ópera e nem que sabia tudo sobre o assunto. John Deacon, sobre o vídeo de Bohemian: As pessoas já tinham clips antes, mas estes eram, com freqüência, filmados. Foi totalmente por acaso ... quando estávamos na turnê da Inglaterra, sabíamos que não íamos poder gravar na quarta-feira a "Top Of The Pops". Nossos empresários, então, tinham uma unidade móvel de forma que a filmagem foi feita em vídeo diretamente, e levou apenas quatro horas!.

Freddie Mercury, novamente sobre Bohemian: Muita gente arrasou "Bohemian", mas como que se pode comparar algo assim? Cite um grupo ou banda que já tenha feito um disco tipo ópera. Nós tínhamos certeza que "Bohemian" podia ser um sucesso na sua íntegra e, apesar de já termos sido forçados a ceder em outras ocasiões, cortar uma faixa nunca tinha acontecido!. Roy

Thomas Baker, sobre a gravação de Bohemian Rhapsody : Não foi tudo gravado de uma vez. Trabalhamos toda a primeira parte de rock, e na parte do meio, nós apenas batíamos na bateria aqui e agora, e depois tudo era edição - simplesmente encompridamos a seção do meio conforme os vocais que eram colocados, pois Freddie vinha com tremendas idéias. Ele entrava e dizia, "eu tenho uma idéia nova para os vocais - nós colocaremos alguns Galileos aqui" ... O vocal básico de suporte foi gravado em mais ou menos dois dias. A parte de ópera foi gravada em mais ou menos sete dias, nos quais se cantava de 10 a 12 horas e também se ria, pois era muito engraçado e ficávamos histéricos enquanto gravávamos. Depois havia todas as guitarras superpostas e foram mais dois dias. Eu diria que esta faixa, sozinha, levou três semanas para ficar pronta pois eram três músicas em uma ...

As pessoas puderam comprar um single, cujo lado A sozinho, demorou três semanas para ser concluído. Brian May, 1979, sobre a inclusão de Bohemian no LP duplo ao vivo Live Killers : "Rhapsody" não é uma música que se possa tocar ao vivo. Muita gente não gosta quando saímos do palco, mas, para ser franco, prefiro sair do palco a ficar tocando com a gravação ao fundo. Se você está lá com a gravação fundo, a situação é totalmente falsa. É preferível ser honesto e dizer "olha, isto não é algo que se possa tocar ao vivo, tem muitas superposições feitas em estúdio e, só faz parte do show pois acreditamos que vocês gostariam de ouvir". Freddie Mercury : Em dado momento, 2 ou 3 anos depois que iniciamos, quase colocamos tudo a perder. Sentíamos que não estava funcionando, que havia muitos "tubarões" no negócio e estava nos consumindo muito. Contudo, algo dentro de nós nos manteve e aprendemos de nossas experiências - as boas e as más ... Não ganhamos dinheiro até o quarto disco, "A Night At The Opera". Toda nossa renda até então era consumida em litígios e coisas assim.

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